quinta-feira, 13 de novembro de 2008


Fechou os olhos. Quando os abriu era maior!
A fusão dos seus corpos, mesmo que apenas mecânica, era o principio.
Nada seria como antes. Nada.
A cumplicidade e o segredo do momento seria eterna.
Seria bóia para o ultimo reduto da vida
Manteria o que ambos tinham de melhor ate terem melhor para manter o futuro.
Como bichos fizeram a combustão dos genes. Como almas a explosão das estrelas.

Testemunharam as gotas de suor espalhadas pelo leito.
Resíduos tóxicos de amor liquido e vapores loucos de ofegante respirar.

No paraíso, sim existe, estive lá, no paraíso é assim. As águias namoram com os pintassilgos e os leões entrelaçam as patas com as lebres. Os nenúfares cobrem as margaridas e os castanheiros estão carregados de amoras.
A água desliza sobre a terra humidificando-a e fazendo brotar botões de rosa no deserto.
Os Vulcões expelem polém.
Caminha-se sobre as águas e os peixes falam do por do sol.

Algures entre isto e a realidade há um grito surdo de prazer, enroscado num peça de roupa atirada ao acaso.

Não é possível olhar em frente sem sentir que esteja lá, que o vazio é mesmo aqui!

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