terça-feira, 7 de julho de 2009

Esperança


Sei que não passa de uma imagem.
O verde que o longe me mostra, é agua, apenas agua.
O seu fundo de algas a a profundidade da visão é que me constroi o verde na alma.
Aqueles que se debruçam sobre a água,numa atitude de submissão a tanta beleza, são árvores de copa baixa, verde, dobradas pelo vento. E não se fundem. Não são verdes diferentes.
Talvez por isso quando reparo nos teus olhos os não vejo reflectidos. São um outro tipo de verde.
Mas nos teus olhos vejo lagoas, maiores ainda que estas, mais profundas, mais contempladas, mais frescas e mais doces.
Nos teus olhos vejo-me de negro, fugindo de tanta esperança.
A minha esperança acaba de morrer afogada em mim.
O que a minha alma sente, dobrada sobre ti, submissa á tua vontade, é que não passas de uma distante imagem, que a minha vista pensa existir.´
Não há mais esperança no verde dos teus olhos, que a minha alma morre afoga em ti.

Sem comentários: